domingo, 12 de junho de 2011

O futuro que não veio

Brasília já possui sua imagem alicerçada em nossas mentes como as famosas asas. Sim, sim. Essa é Brasília. Asas. Mas e as Brasílias que poderiam ter existido? Alguém já parou para pensar nisso?
Houve um concurso para escolher qual seria o design arquitetônico da nova capital do País e deste saiu o campeão, as asas feitas por Lucio Costa. Poucas coisas irritavam mais Lucio Costa do que dizer que seu projeto de Brasília havia sido inspirado na forma de um avião.

“É uma analogia aceitável, mas seria o cúmulo do ridículo planejar uma cidade parecida com um avião. Assim, ela se parece com uma cruz, libélula, nave espacial ou um arco e flecha. Cada um enxerga aquilo que quer.” Lucio Costa.

Reza a lenda que a filha de Lucio Costa adentrou o recinto para entregar as pranchas com os desenhos toscos do que viria a ser a futura capital do Brasil na concepção de seu pai.
De qualquer maneira, seu projeto foi o escolhido, mas o futuro que nunca será?
E os projetos que não foram escolhidos? Vamos dar uma olhada.


2º lugar

O projeto que ganhou o segundo lugar no concurso foi o projeto de Boruch Milman, João Henrique Rocha e Ney Fontes Gonçalves.







Essa ideia deveras modernista perdeu por pouco. Esses três arquitetos eram os mais antenados com as normas do modernismo estabelecidas por congressos internacionais de arquitetura moderna na época. Na apresentação do trabalho foram usadas as palavras chave: “Habitar, trabalhar e circular”.
Era muito atraente e pensava na cidade como uma cidade em expansão, um pensamento à frente. Entretanto, o centro comercial era isolado e não havia utilização da parte mais elevada do terreno.

Empatados em 3º lugar.

1º Projeto

Um dos projetos empatados em terceiro lugar foi o de Rino Levi, Roberto Cerqueira César, L.R. Carvalho Franco e Paulo Fragoso.







Essa ideia impressionou os jurados mas foi descartada devido à impossibilidade da construção desse projeto em tempo hábil. Rino Levi imaginou para brasília, torres gigantes, de 75 a 80 andares, com 300 metros de altura, 400 de largura e 18 de profundidade, ou seja, POUCO menores que a Torre Eiffel.
2º projeto


O último projeto era de Marcelo e Maurício Roberto, do escritório M.M.M. Roberto.





A ideia desse projeto era fazer uma capital com caráter de cidade do interior. Logo, não era o plano para uma capital nacional.

É isso ai!! Uma ótima semana!!

Um comentário:

Matheus Parisotto disse...

Esse último projeto do Mauricio e Marcelo é, pelo urbanismo atual, de longe o melhor projeto e antecipa o novo urbanismo, surgido nos asnos 90. Os demais dado todos variantes do modernismo de Le Cobusier, moda na época, que se mostrou um desastre onde foi implantado.
Porém, dos projetos de inspiração modernista, o do Lucio Costa, é o melhor, e mais racional.

E graças a deus a idéia das torres gigantes não foi implementada. Em roma fizeram uma difícil com reses conceitos, se chama: il corviale, e foi um desastre e será demolido em breve, subtituido por um novo bairro que segue os princípios do novo urbanismo.