domingo, 19 de junho de 2011

L'homme de Rio!

Este é um filme de 1964 que teve parte de suas filmagens em Brasília ainda recém nascida. A história não é das melhores, um piloto francês planeja visitar sua namorada e descobre que ela foi raptada por índios da América do sul, pois os mesmos achavam que ela sabia a localização de estatuetas que indicariam um grande tesouro da selva. Vamos ver um trecho interessante, o tal piloto francês correndo por Brasília em 1964. Esqueçamos as esplendidamente horríveis cenas de ação. Apreciemos a cidade!!

sexta-feira, 17 de junho de 2011

Brasília nos anos 80: Formas de se driblar a solidão

  Brasilia nos anos 80 ainda era muito jovem. Uma cidade-escritório, onde as opções de diversão eram escassas. Enquanto os jovens procuravam vencer o tédio da cidade através da música, muitas pessoas procuravam outras formas de se divertir, e, de preferência, encontrar alguém com quem pudessem compartilhar alguns momentos.
  O vídeo abaixo é um trecho do programa Documento Especial, da antiga TV Manchete. O programa mostra algumas saídas encontradas pelas pessoas para enfrentar a solidão, mostra, ainda, o senso de oportunidade de outras, que encontravam na solidão uma forma de ganhar dinheiro.

Documento Especial

quarta-feira, 15 de junho de 2011

Detalhes ao extremo

Vejam a que ponto chegaram os detalhes da concepção da nova capital...

Trechos de carta de Lúcio Costa enviada ao Presidente da NOVACAP:

Referindo-se aos táxis:
"O modelo dos táxis deve ser previamente estabelecido. Deve ser o DKW CINZA ESCURO, de preferência de quatro portas..."

Referindo-se aos motoristas de ônibus:
"O uniforme deverá ser cinza escuro..." (...) "...deverá usar braçadeiras com as cores da respectiva linha..." (...) "...o quepe deve ser obrigatório."

Trecho de carta de Lúcio Costa enviada ao Dr. Israel Pinheiro:

"(...) A via de comunicação W-3 não deve ser intensamente iluminada. Trata-se de via secundária. (...)"

Trechos do projeto do Plano Piloto de Lúcio Costa (art.19):

"Os cemitérios (...) terão chão de grama e serão convenientemente arborizados, com sepulturas rasas e lápides singelas, à maneira inglesa, tudo desprovido de qualquer ostentação"

Não é interessante que uma cidade construída por um governo democrático tenha sido planejada em tão pequenos detalhes por tão poucas pessoas?

Comentem!

{Fonte}

segunda-feira, 13 de junho de 2011

Caso Mário Eugênio - A verdade doa a quem doer

Mário Eugênio foi uma lenda do jornalismo policial de Brasília nos anos 80. Foi assassinado após denunciar a ação de grupos de extermínio em Brasília e Goiás. Policiais, sob o comando do então secretário de segurança, fariam parte desses grupos. 



domingo, 12 de junho de 2011

Ex-aluno relata o drama de jovens na ditadura

Os horrores vividos no regime militar e a luta do movimento estudantil na década de 1970 permaneceram guardados na memória do engenheiro agrônomo e ex-estudante da UnB Antônio Ramaiana Ribeiro. As lembranças foram transformadas no livro UnB 1977 – o início do fim, no qual ele relata os momentos marcantes da história que ajudou a escrever.



“A geração de 70 viveu dentro do pesadelo e fez o sonho acontecer. A UnB foi um grande centro de resistência à ditadura”, aponta o autor. Na época, lembra Ramaiana, cerca de mil alunos foram expulsos e jubilados por perseguições políticas.

Três vezes preso e acusado de subversão, Ramaiana conheceu os porões da ditadura e sofreu os terrores da tortura psicológica. Os motivos para a detenção eram fúteis, como cantar músicas ou encenar peças teatrais censuradas pelo governo.

Imagens de uma universidade resistente

Fotos de Adonai Rocha, ex-aluno da Universidade de Brasília, mostram ocupação da UnB em 1977. Material ficou guardado por mais de 30 anos


O ano era 1977. O Brasil vivia a ditadura militar que, na universidade, era personificada pela figura do reitor José Carlos Azevedo, capitão-de-mar-e-guerra. No dia 6 de junho, a pedido dele, a polícia invadiu o campus da UnB para reprimir os estudantes. Na semana anterior, os alunos tinham decretado greve em reação à suspensão de 16 colegas. A ocupação duraria três meses.


Adonai Rocha, calouro da Comunicação, usou sua máquina fotográfica como arma para registrar a intimidação promovida pelo regime. As imagens revelam tanto a intimidação dos homens fardados quanto a resistência dos estudantes. Sempre unidos, os alunos reclamavam melhores condições de ensino, denunciavam a falta de instalações físicas e de professores. Também criticavam a ausência de liberdade de expressão e de organização.

O futuro que não veio

Brasília já possui sua imagem alicerçada em nossas mentes como as famosas asas. Sim, sim. Essa é Brasília. Asas. Mas e as Brasílias que poderiam ter existido? Alguém já parou para pensar nisso?
Houve um concurso para escolher qual seria o design arquitetônico da nova capital do País e deste saiu o campeão, as asas feitas por Lucio Costa. Poucas coisas irritavam mais Lucio Costa do que dizer que seu projeto de Brasília havia sido inspirado na forma de um avião.

“É uma analogia aceitável, mas seria o cúmulo do ridículo planejar uma cidade parecida com um avião. Assim, ela se parece com uma cruz, libélula, nave espacial ou um arco e flecha. Cada um enxerga aquilo que quer.” Lucio Costa.

Reza a lenda que a filha de Lucio Costa adentrou o recinto para entregar as pranchas com os desenhos toscos do que viria a ser a futura capital do Brasil na concepção de seu pai.
De qualquer maneira, seu projeto foi o escolhido, mas o futuro que nunca será?
E os projetos que não foram escolhidos? Vamos dar uma olhada.

Construção de prédio de Niemeyer é embargada em Brasília

Em agosto de 2008, algumas dezenas de centímetros opuseram o pai da arquitetura modernista brasileira à Agência de Fiscalização (Agefis) do GDF e ao Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). A construção da sede do Conselho da Justiça Federal, no Setor de Clubes Esportivos Sul, foi embargada por não estar de acordo com as normas de gabarito de Brasília. O projeto de Oscar Niemeyer ultrapassou os 12 metros de altura permitidos para os edifícios da área, o que justificou a paralisação das obras por tempo indeterminado.

Para Carlos Magalhães, representante do escritório de Niemeyer em Brasília, a diferença entre o permitido e o que foi projetado é “ridícula”. “São 1,3 metros. Isso não é o suficiente para afetar o tombamento de Brasília”, justifica Magalhães, acrescentando que pretende buscar um acordo com os órgãos de fiscalização (Agefis e Iphan) para que o projeto de Niemeyer seja mantido.

Já de acordo com a fita métrica do Iphan, o prédio, se construído de acordo com o projeto original, estaria dois metros acima da altura permitida para as edificações do Setor de Clubes Esportivos Sul. “Não podemos abrir exceção. Nossa tarefa é fazer as leis serem cumpridas”, sustenta o superintendente do Iphan-DF, Alfredo Gastal.

Além de ferir o gabarito de Brasília, o projeto do Conselho da Justiça Federal tem contra si outra restrição. A área a ser construída — 24,6 mil m² — é maior do que o conveniente para o tamanho total do terreno. De acordo com o projeto, o complexo da Justiça avançaria o espaço destinado aos estacionamentos em pelo menos 800 m². Sem garagens, os motoristas provavelmente usariam as áreas verdes para estacionar seus veículos. “Seria o mesmo caos da falta de vagas que já vemos em outras partes de Brasília. É isso que queremos evitar”, afirma o superintendente do Iphan, Alfredo Gastal.

Carlos Magalhães não vê problemas em cumprir essa segunda exigência. “No projeto original, a área estava reservada para estacionamentos. Fizemos a alteração a pedido do Conselho da Justiça Federal. Eles queriam mais espaço para salas e escritórios, mas podemos voltar à idéia inicial”, afirma o representante do escritório Niemeyer. Procurado pela reportagem Oscar Niemeyer disse não se lembrar do projeto, mas considerou natural os embargos feitos pela Agefis e pelo Iphan. “São coisas que fazem parte da rotina de trabalho de um arquiteto”, disse.

Desperdício

Cada dia em que os operários ficavam de braços cruzados, por causa do embargo do Iphan significava R$ 5,7 mil de prejuízo para os cofres públicos. “Independentemente de a obra estar sendo feita ou não, eles deixam os operários e as máquinas à nossa disposição”, explica o engenheiro Lúcio Castelo Branco, do quadro do Conselho da Justiça Federal.

Visão do horizonte

O tombamento do Plano Piloto feito pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) obriga as construções da área central do DF a obedecerem às regras criadas pelo urbanista Lucio Costa. Por conta da portaria de tombamento e das normas que a regulamentaram, foi possível preservar a visão do horizonte que os moradores de Brasília possuem. A manutenção das escalas criadas pelo urbanista também serviu para realçar os edifícios que Oscar Niemeyer desenhou para a cidade.

Depois do tombamento, a principal preocupação dos defensores de Brasília é com o crescimento desordenado das cidades próximas. Numa imagem citada pelo pioneiro Ernesto Silva, existe o temor de que o centro do DF acabe cercado por um “agulheiro” de edifícios.

No encontro que tiveram com o superintendente do Iphan-DF, Alfredo Gastal, os mebros do Conselho Gestor do Compromisso com Brasília (Combras) cobraram o estabelecimento de uma zona tampão ao redor do conjunto urbanístico de Brasília. A área serviria para preservar a ambiência e a visibilidade do conjunto tombado. A criação dessa área de proteção foi recomendada pela missão da Unesco em sua última visita a Brasília, em 2001. “O entorno imediato do Plano Piloto não pode ofuscar a cidade considerada obra-prima”, opina a arquiteta e urbanista Vera Ramos, conselheira do Combras e integrante do Instituto Histórico e Geográfico do DF. “Já foram apresentadas propostas urbanísticas que podem interferir na paisagem urbana de Brasília. Precisamos estar atentos a isso”, completa.

Fonte: http://www.defender.org.br/construcao-de-predio-de-niemeyer-e-embargada-em-brasilia/

Agressões ao tombamento na Candangolândia

Terra de pioneiros, a Candangolândia guarda importantes capítulos da história de Brasília. Criada para abrigar o primeiro acampamento destinado aos operários da nova capital, a região ainda conserva lembranças da época da construção, como casas e igrejas de madeira. Além de ostentar o reconhecimento de ser a primeira cidade do Distrito Federal, tem outro título menos conhecido: o de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional. Boa parte dos moradores não sabe, mas a cidade faz parte da área tombada do DF. O desconhecimento abre brechas para abusos e agressões ao patrimônio, protegido por lei.

Pelo Decreto 10.829, de 1987, fazem parte da área protegida as asas Sul e Norte, o Sudoeste, a Octogonal, o Cruzeiro, a área central de Brasília e a Candangolândia. Em 1990, a mesma região foi inscrita no Livro do Tombo Histórico do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). Como a fiscalização e a atenção de autoridades e especialistas se voltam principalmente ao Plano Piloto, a cidade dos pioneiros fica longe dos holofotes e, portanto, mais suscetível a obras irregulares e aos abusos cometidos tanto nas áreas comerciais como nas residenciais.

Da mesma forma que na região central, camelôs e vendedores ambulantes são uma ameaça à ordem urbanística. A Administração Regional não tem poder de fiscalização e depende do cronograma da agência responsável pelas operações. Alguns comerciantes irregulares se instalam em estacionamentos públicos ou em calçadas destinadas aos pedestres. Em ambos os casos, prejudicam o fluxo de carros e de pessoas.

Puxadinhos: Operários erguem mureta e estrutura de imóvel comercial em avenida da cidade pioneira

Alguns moradores da cidade ainda se mobilizam para proteger o patrimônio da Candangolândia. Um deles é o pioneiro Iremar Carlos Ferreira, conhecido como Carlos Paulista, 74 anos. Coordenador do Grupo de Defesa da Memória Candanga, ele fez uma lista de obras às quais se opõe e entregou a relação a representantes do governo. Entre as construções, há ocupações de áreas públicas, muitas delas autorizadas pelo próprio GDF.

Quiosques gigantes

A Candangolândia tem 34 quiosques licenciados pela administração. Pela Lei nº 4.257/08, que trata da instalação de trailers e quiosques no Distrito Federal, essas estruturas podem ter até 60 metros quadrados, com exceção do Plano Piloto, onde as construções não podem ultrapassar 15m². Apesar de fazer parte da área tombada, a Candangolândia pode ter quiosques maiores, com as mesmas dimensões dos trailers de outras regiões administrativas.

Na entrada da cidade, uma tenda branca chama a atenção de quem chega à Candangolândia. Ao lado de um quiosque de lanches, há um toldo que cobre quase 100m² de área pública, onde foram fixadas dezenas de mesas e cadeiras de madeira. O empresário explora comercialmente o espaço mais movimentado da cidade e paga mensalmente uma taxa de apenas R$ 339,60.

O ex-administrador regional da Candangolândia João Hermeto, que se desincompatibilizou do cargo há quase dois meses, justifica a concessão do alvará ao quiosque. Ele conta que o dono do Café dos Estados, que funciona no quiosque, mantém uma cascata e o parquinho infantil vizinhos ao negócio como contrapartida.

“A cidade precisava de um espaço para atrair a comunidade, como uma praça de alimentação. E a Administração não teria condições de manter aquela estrutura. Aquele espaço antes era um ferro velho, de tão abandonado”, justifica João Hermeto. “E as cadeiras e mesas podem ser usadas por qualquer um. Não é preciso consumir no quiosque”, garante o ex-administrador, responsável pela concessão do alvará e da autorização para uso do espaço público na entrada da cidade.

Denúncias ao MP

Para o pioneiro Carlos Paulista, as justificativas não são suficientes. Ele já procurou o Ministério Público do Distrito Federal para reclamar da concessão de termos de utilização de áreas públicas a empresários da cidade. “Já procurei o governo e o MP. Tem gente enriquecendo enquanto o patrimônio da cidade é agredido”, reclama.

Outra denúncia apresentada ao GDF pelo coordenador do Grupo em Defesa da Memória Candanga com relação à instalação de um depósito de material de construção em uma área de preservação. A região, chamada de Santuário Ecológico, é bem conhecida na Candangolândia. Funciona como um corredor verde ao longo do Córrego Riacho Fundo e de seus tributários, como o córrego do Guará e o Córrego Vicente Pires.

Apesar da relevância ambiental, a área de preservação — que no futuro vai virar um parque — tem hoje montes de areia e cimento. “Espero que o governo abra os olhos para o que está acontecendo na Candangolândia. Isso é um crime ambiental”, reclama Carlos Paulista.

Faltam fiscais

O Iphan não tem fiscais para percorrer e controlar toda a área tombada do Distrito Federal. Quando recebe denúncias ou descobre infrações, o instituto checa as informações ou manda ofícios aos órgãos de fiscalização do governo. Para o superintendente do Iphan no DF, Alfredo Gastal, o maior desafio à preservação do patrimônio é informar a sociedade sobre o que é o tombamento(1). “A Candangolândia foi incluída na área tombada por causa da importância da cidade para a história de Brasília. É preciso manter a volumetria da região e, principalmente, mobilizar a população para preservar a área”, explica Gastal.

O professor de arquitetura e urbanismo da Universidade de Brasília Frederico Flósculo concorda com o representante do Iphan. “É essencial que a comunidade conserve o patrimônio e proteja o tombamento. Infelizmente, a maioria das pessoas não sabe da importância dele, nem ao menos conhece os limites da área tombada”, afirma o especialista. “Na Vila Planalto, quase tudo já está descaracterizado. O desafio agora é preservar a Candangolândia”, finaliza Flósculo.

1 – Ato pela conservação

Tombamento é um ato administrativo realizado pelo poder público para preservar efetivamente, por intermédio de uma legislação específica, bens com valor material e cultural. Quando um bem é tombado, significa que foram reconhecidas sua importância histórica, cultural, artística, arquitetônica, ambiental e afetiva. Deve, portanto, ser conservado, protegido e restaurado, permanecendo preservado para usufruto de todas as gerações.

Fonte: http://www.defender.org.br/distrito-federal-agressoes-ao-tombamento-na-candangolandia/

Iphan elabora projeto para disciplinar ocupação de cidades vizinhas de Brasília à área definida como patrimônio

O Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) quer fixar normas mais rígidas para a ocupação de cidades vizinhas à área definida como Patrimônio Mundial da Humanidade. O objetivo é reduzir a pressão sobre o Plano Piloto e, principalmente, preservar a visibilidade da linha do horizonte a partir do centro de Brasília. A portaria federal poderá inclusive fixar limites de altura para prédios, e o Iphan terá poder de embargar obras que desrespeitem as novas diretrizes.

A ideia do instituto é criar um cinturão de proteção em torno do Plano Piloto. Pela proposta em elaboração, a nova área vai abranger os lagos Sul e Norte, Guará, Riacho Fundo I e II, Núcleo Bandeirante, Águas Claras e parte de Taguatinga, além de todas as unidades de preservação ambiental vizinhas à área tombada, como a Floresta Nacional de Brasília. Os estudos para a criação da portaria do Iphan foram realizados pelo Centro de Imagens e Informações Geográficas do Exército, que é parceiro do instituto na delimitação da nova área de preservação.

São duas as principais preocupações do Iphan ao elaborar a portaria. A primeira é evitar o adensamento excessivo e desordenado das regiões vizinhas à área tombada, o que causaria um aumento desproporcional no número de carros, agravando os problemas de trânsito da região central. “Queremos preservar a paisagem da cidade e também o meio ambiente. Prédios altos em volta do Plano Piloto podem prejudicar a visibilidade da linha do horizonte, que é um dos conceitos básicos do projeto urbanístico da cidade”, explica o superintendente do Iphan no DF, Alfredo Gastal.

A definição dos limites da zona de proteção da área tombada está relacionada à poligonal da Bacia do Paranoá e sinaliza a segunda preocupação do órgão. A criação do cinturão é ligada também ao relevo do Distrito Federal, ou seja, regiões mais altas, e portanto com mais visibilidade, podem sofrer um controle maior. “Nosso grande objetivo é que não surja uma nova Águas Claras. Não temos um sistema de transporte público eficiente para suportar esse adensamento”, diz Alfredo Gastal.

O superintendente do Iphan diz que vai buscar apoio do GDF para concluir o projeto. Ainda falta a definição de todas as regras técnicas, que vão variar de acordo com cada região. A ideia do instituto é que a definição da zona de proteção da área tombada seja vinculada ao Plano de Preservação do Conjunto Urbanístico de Brasília, que atualmente está sendo elaborado por uma empresa contratada pela Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Meio Ambiente.

Resistência
Apesar de os estudos para definição da área estarem avançados, já cresce a resistência de alguns setores contra a iniciativa. Empresários, principalmente os ligados ao setor imobiliário, temem que o projeto seja na prática uma tentativa de o Iphan expandir a sua área de atuação. Para o presidente do Sindicato das Empresas da Construção Civil, Élson Póvoa, não há necessidade de criar esse cinturão de proteção. “A população brasiliense sabe bem o que pode ser feito na cidade e todos defendem a importância de preservar Brasília. Mas não podemos engessar ainda mais a cidade, nem fixar regras tão rígidas a ponto de impedir a cidade de crescer”, argumenta.

O superintendente do Iphan, Alfredo Gastal, garante que a intenção do órgão não é congelar totalmente a expansão urbana: “O objetivo do projeto não é o de mumificar o bem tombado, a cidade tem que ser viva”. Essa é a primeira iniciativa do Brasil de criar uma zona de proteção em torno de cidades classificadas como Patrimônio Mundial da Humanidade. Depois da implantação do cinturão brasiliense, a ideia poderá ser estendida a outras regiões.

Novas Indicações
Os representantes do Comitê do Patrimônio Mundial da Unesco, reunidos em Brasília desde o último domingo, decidiram ontem incluir novos sítios na lista dos bens em risco. A Catedral Bagrati e o Monastério Gelati, na Geórgia, passam a integrar o rol de locais que podem perder o título concedido pela Unesco em 1994. No entendimento dos técnicos do órgão, o governo da Geórgia fez intervenções na catedral que comprometeram o conceito e a autenticidade do monumento. O comitê orientou ainda o governo a estabelecer diretrizes para ordenar o turismo e o uso dos monumentos históricos. A catedral e o monastério da Geórgia são considerados os principais legados da arquitetura medieval no país.

Fonte: http://www.defender.org.br/brasiliadf-iphan-elabora-projeto-para-disciplinar-ocupacao-de-cidades-vizinhas-a-area-definida-como-patrimonio/

sábado, 11 de junho de 2011

Brasília: 50 anos de música

Apesar de tão jovem, Brasília já deixou sua marca no cenário musical brasileiro. Celeiro de grandes intérpretes como Ney Matogrosso, Cássia Éller e Zélia Duncan, a capital federal também nos apresentou grandes compositores: Oswaldo Montenegro, Fagner, dentre outros.
Brasília foi palco de grandes momentos da música brasileira. Sua influência vai além do rock dos anos 80, começou ainda à época de sua inauguração, servindo de inspiração para grandes nomes da MPB, como Tom Jobim, Vinícius de Morais, Luiz Gonzaga e Alceu Valença.
Numa série de quatro reportagens, o Jornal da Globo contou esses cinquenta anos de música da nossa cidade. Da primeira música composta aqui, passando pelos anos de chumbo da ditadura, pela rebeldia dos grupos de rock da cidade até chegar à nova configuração musical, um verdadeiro caldeirão de ritmos e influências.
Abaixo a reportagens em quatro vídeos.

Tom e Vinícius e a 1ª música composta na capital


Os anos de chumbo (60/70)


O rock dos anos 80


A metrópole retratada (90/2000)


Por Carlos Henrique

Inauguração de Brasília

Olá, Visitantes!!!


Em 21 de abril de 1960, o Brasil passou a ter oficialmente uma nova capital. Inaugurada pelo então presidente Juscelino Kubitschek, Brasília foi a realização de um sonho antigo, levar a capital federal para o centro do Brasil.
Contrariando a previsão de alguns opositores, que não acreditaram que a cidade ficasse pronta na data prevista, Brasília foi inaugurada.
Alguns vídeos do dia da inauguração.


 Discurso de Inauguração





 Cerimônia






Curta metragem de 1967

Olá, visitantes!

Aqui compartilho um documentário interessante: "Brasília, contradições de uma cidade nova". Narrado por Ferreira Gullar, na direção de Joaquim Pedro de Andrade.
  
Sinopse:
Imagens de Brasília em seu sexto ano e entrevistas com diferentes categorias de habitantes da capital. Uma pergunta estrutura o documentário: uma cidade inteiramente planejada, criada em nome do desenvolvimento nacional e da democratização da sociedade, poderia reproduzir as desigualdades e a opressão existentes em outras regiões do país?





O que acharam do vídeo? Comentem!

Até a próxima,
Priscilla Fava

quarta-feira, 1 de junho de 2011

Dossiê Aberto

Somos um grupo de estudantes da Universidade de Brasília e gostaríamos de transmitir, por meio desse blog, o que sentimos ao pousar os olhos sobre todos os monumentos físicos, históricos, artísticos e sociais que explodem e empurram Brasília e sua Universidade para frente.
Gostariamos de mostrar detalhes curiosos acerca do funcionamento e da criação da Universidade, além de todo o impacto histórico que Brasília tem e traz para dentro da Instituição.
Esperamos que a leitura seja prazerosa e que faça jus à importância dos temas supracitados.
  • Carlos Henrique
  • Carlos Vinícius
  • Priscilla Fava
  • Rogério Matsuda